dia Internacional da Mulher

Alô RH: Que tal fazer algo diferente no dia Internacional da Mulher?

Desde 1977 quando o dia 8 de março foi reconhecido oficialmente pela ONU como dia Internacional das Mulheres as empresas vem associando esta data à ideia de comemorar a presença e participação da mulher na sociedade, porém na prática há muito o que se refletir.

Uma das competências comportamentais mais importantes a serem detectadas em cargos de gestão é a chamada Visão Sistêmica, que implica na capacidade de análise de um contexto de forma ampla, facilitando a compreensão de todos os fatores envolvidos e assim viabilizando uma ação pontual mais eficaz. O que isto tem a ver com o dia 8 de março?

Para Gestores de RH, buscar ampliar a visão acerca da origem e trajetória dos fatos que estão por trás desta data comemorativa pode ser um pouco menos confortável do que oferecer uma rosa ou algum mimo cor de rosa às mulheres da empresa neste dia, como uma “obrigação do RH”, algo que se faz de forma programada.  Bem mais do que isto, pode ser uma possibilidade de efetiva melhoria da gestão de pessoas, visando melhor resultados às empresas. E melhorar o resultados das empresas, especialmente no Brasil, é melhorar a vida de todos, homens mulheres e crianças de uma forma ampla, a sociedade. Olhando bem, esta é a missão do RH.

Isto implica em exercitar a possibilidade de buscar a origem das coisas, até onde se pode ver e compreender. Qual a necessidade de haver um dia para lembrar da importância da participação da mulher na socidade? Talvez esta seja a primeira pergunta a se fazer. Resposta fácil: porque esta importância não era e ainda não é, reconhecida. Muitas outras perguntas poderiam ser feitas a partir desta e todas as respostas somariam na melhor compreensão deste tema que impacta homens e mulheres no dia a dia. Algo que pode valer muito a pena para quem trabalha com pessoas, certamente.

Trazendo estas ideias para o contexto da própria empresa onde se está inserido, analisar a trajetória do tema Mulher na gestão pode ser algo interessante na hora de pensar em ações para comemorar o dia da mulher. Para facilitar a quem responde pela Gestão de RH, vale lembrar alguns pontos que podem somar para uma ação ser significativa neste dia 8 de março:

  • A Missão Empresarial para as mulheres: Tentar negar que homens e mulheres são diferentes em sua forma de ser, perceber e fazer certamente é um engano que ainda é cometido por muitas pessoas em contexto empresarial. Felizmente, as diferenças entre homens e mulheres estão cada vez mais sendo reconhecidas e melhor do isto, valorizadas na gestão de RH. Esta atitude de reconhecer, respeitar e valorizar estas diferenças tem se mostrado cada vez mais rica pelos bons resultados que apresenta. Rever a Missão da Empresa com este olhar para a diversidade de gêneros e promover uma discussão de como as MULHERES percebem esta Missão, “traduzi-las” ao olhar feminino, pode trazer resultados surpreendentes;
  • Visão Feminina da Empresa: Como os colaboradores do sexo feminino, ou simplesmente as mulheres percebem a empresa? E como elas percebem a Visão Empresarial estabelecida no planejamento Estratégico? Como esta Visão se harmoniza com suas metas de carreira? De que maneira, as mulheres, com sua forma de ser e de fazer o dia a dia podem impactar a gestão no sentido da realização desta visão? As respostas a estas perguntas podem fazer especial diferença na motivação e no desempenho e isto também pode gerar resultado diferenciados;
  • Valores Organizacionais ao olhar das mulheres: Os valores organizacionais, quando a empresa tem seu planejamento estratégico atualizado e validado, talvez sejam os elementos que mais guardam informações de base da cultura organizacional. Buscar revisar estes valores em face ao olhar feminino de sua força de trabalho pode consolidar vínculos importantes que impactarão na retenção e produtividade
  • Cultura machista: Olhar de frente para os aspectos machistas da cultura da empresa não significa necessariamente promover manifestações feministas. Muito pelo contrário, pode significar abrir uma porta para uma análise saudável e para ações harmoniosas e produtivas. Muitas vezes, as próprias mulheres fomentam o machismo sem perceber, conversar a este respeito ou promover um canal de comunicação que possa abranger este tema pode trazer excelentes resultados.

Se na sociedade o caminho para se chegar a um nível saudável de respeito à presença feminina nas organizações ainda é longo, certamente a ação do RH em cada empresa é uma forma segura de mudança gradual que será mais efetiva na medida em que o próprio RH venha se colocando como elemento estratégico aos resultados esperados por todos.

 

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