Força e Vitórias às pessoas que empreendem no Brasil!

Empreender algo pode ser entendido como agir no sentido da realização de um propósito. Viver é em si um ato empreendedor. Ao acordar todos os dias, as pessoas, na maioria sem se darem por conta disso, dispõem-se a empreender as ações do seu dia com menos ou mais disposição. 

 

Normalmente empreender dá muito mais trabalho do que manter atitude reativa aos desafios da vida, colocando-se como vítima das circunstâncias, no entanto, pode-se afirmar que as pessoas dispostas a empreender em busca de seus resultados podem ser mais felizes e realizadas. Ser feliz dá muito trabalho, ao contrário de reclamar e colocar a responsabilidade de seus resultados em algum lugar que não seja em si mesmo, o que é bastante fácil. Neste contexto, empreender pode ser tudo o que um colaborador ou empregado faz em seu dia a dia, desde que assuma para si os resultados decorrentes de suas ações.

 

Mas, quando trata-se de empreender no sentido mais conhecido, que é dispor-se a construir um empreendimento empresarial, mesmo que seja bem pequeno, os desafios á quem assim escolhe podem gerar grande estresse e trazer grandes problemas e dificuldades a esta pessoa e, ao mesmo tempo, paradoxalmente, podem torná-la uma pessoa vitoriosa sob muitos aspectos, dia após dia, no caminho de seus objetivos.

 

A mim, particularmente, o que mais encanta não são de fato os objetivos conquistados, embora estes possam ser o motivo da caminhada e de todo o empenho dedicado a um determinado empreendimento. O que mais me encanta no caminho do empreendedorismo é de fato o próprio caminho, o caminhar e toda a força de transformação e desenvolvimento que este propõe a quem escolhe trilhá-lo.

 

Considerando que uma empresa pode ser definida como uma organização formada por um grupo de pessoas (sim, ninguém empreende sozinho, embora alguém possa pensar que sim) com o objetivo de realizar atividades econômicas, produzindo bens ou serviços para atender necessidades do mercado, ou seja de outras pessoas…. pode-se observar que a própria definição em si já é desafiadora desde a raiz da ideia de planejar algo levando-se em conta o olhar de outras pessoas, até o resultado final que é a satisfação de outras pessoas, os consumidores dos bens ou serviços produzidos, passando é claro, pelos colaboradores que produzem os bens ou serviços da empresa.

 

Embora empreender abranja desafios de diversas ordens, como de planejamento, cálculos, uso de tecnologias diversas, disposição mental e muitas vezes física, dedicação de tempo e recursos financeiros às vezes escassos, está no relacionamento com outras pessoas, sejam sócias, colaboradores, fornecedores e mesmo clientes a maior e talvez mais intensa gama de desafios a serem vencidos no dia a dia.

 

No mundo do RH e do desenvolvimento humano, muito tem-se falado recentemente a respeito das chamadas soft skills que são habilidades comportamentais absolutamente necessárias ao mundo do trabalho. Este não costuma ser um tema estudado por pequenos e médios empreendedores e quando sim, é mais no sentido de que os empregados ou colaboradores possam ter ou adquirir tais habilidades. Só que não…. como se diz. 

 

A prática mostra com clareza que antes de esperar colaboradores habilidosos em comunicação e relacionamento interpessoal, resiliência, criatividade, gerenciamento do tempo ou empatia, são exatamente os gestores, que em empresas de pequeno e médio porte costumam ser, na maioria das vezes os próprios empreendedores e diretores de seus empreendimentos os que mais precisam olhar e desenvolver estas habilidades visando resultados mais amplos e satisfatórios.

 

Daí a tão grande beleza do ato de empreender na medida em que os desafios sugerem a autotransformação para que os resultados esperados sejam alcançados e, para que haja qualquer autotransformação, é necessário antes a disposição ao autoconhecimento.

 

Eu, que costumo dizer que psicoterapia deveria ser percebida como medida de higiene pessoal e social, vejo com alegria a diferença na qualidade e quantidade de resultados obtidos por quem, por cuidar de sua saúde psicoemocional,  faz a diferença para melhor nos ambientes em que habita, especialmente o ambiente de trabalho, no exercício do poder nas relações interpessoais, da gestão das empresas e convívio mais humano com seus colaboradores.

 

As melhores empresas para se trabalhar, em se tratando de pequenas e médias empresas, são ambientes menos tóxicos pelos egos de seus próprios gestores. Isto significa melhor retenção de talentos, mais criatividade, engajamento e resultados mais felizes para todos.

 

A força para vencer em seus empreendimentos certamente passa pela disposição de conhecer e vencer antes a si mesmo para que assim as vitórias sejam plenas.

 

Elenara Jardim Bender Baís

Consultora Psi Essa Vitória Humana

 

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